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A APAE de Cocal do Sul está colocando em prática um projeto especial que une cultura, inclusão e criatividade. Trata-se de uma oficina de artesanatos realizada com apoio da Lei Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB – Lei nº 14.399/2022), através da Diretoria de Cultura e do Governo Municipal. A iniciativa reforça o compromisso com o fortalecimento das expressões culturais locais e com o desenvolvimento das pessoas com deficiência.
Voltado à produção artesanal, a proposta busca oferecer um espaço seguro e acolhedor, onde os participantes possam expressar seus sentimentos, habilidades e histórias por meio da criação de peças como bordados, costuras, almofadas, panos de prato e muitas outras.
Mais do que preservar a cultura, a oficina promove o desenvolvimento físico, emocional e social dos alunos. A atividade estimula a criatividade, melhora a coordenação motora, fortalece a autoestima e contribui para a socialização dos participantes, já que os produtos confeccionados estão sendo levados para feiras e exposições abertas ao público.
“Outro diferencial do projeto é o fato de ser uma oficina livre, em que os alunos podem explorar técnicas e se divertir, sempre com acompanhamento e orientação profissional, respeitando as necessidades individuais de cada um. A oficina também integra diferentes setores da APAE, com alunos de outras turmas contribuindo com desenhos ou bordados, que são depois finalizados na costura”, conta a diretora da instituição, Rosiclei Prior Viola.
A APAE participou do edital da PNAB em 2024 e foi contemplada com R$ 10 mil, valor que possibilitou a ampliação e qualificação da estrutura da oficina. O recurso foi utilizado na compra de três máquinas de costura reta, adequadas para tecidos leves, médios e pesados, além de três mesas adaptadas para cadeirantes, com regulagem de altura e inclinação, garantindo acessibilidade e conforto para todos os participantes.
Para a diretora, o investimento tem um impacto direto e contínuo no cotidiano dos alunos. “Esses materiais continuarão facilitando o dia a dia dos alunos e das turmas de oficinas, que diariamente realizam trabalhos artesanais, atividades educacionais e de vida diária”. Como destaque, ela cita as mesas adaptadas que transformaram atividades básicas, como a alimentação e educação de alguns atendidos.
Produção artesanal e benefícios das novas máquinas
As oficinas têm ganhado ainda mais produtividade com as novas máquinas de costura adquiridas por meio do projeto. De acordo com a professora responsável pela turma do Serviço de Vivência Laboral – SVL II, Laudicea Varvenczach, os equipamentos fizeram uma grande diferença na rotina.
“Facilitou bastante porque é uma máquina nova. A máquina antiga arrebentava fio, travava… Agora essa nova é só sentar e costurar. Ela não exige tanto ajuste, então o aluno consegue trabalhar sozinho. A produção rendeu muito mais. Foi uma benção pra nossa sala”, relata.
Na oficina, os alunos produzem uma grande variedade de peças, como: bolsas para grampo, necessaires, panos de prato, almofadas para pet e decorativas, peças bordadas que são finalizados em máquina, além de consertos de roupas dos próprios alunos, quando necessário.
Com as máquinas novas, o fluxo de trabalho ficou mais leve, seguro e eficiente, beneficiando tanto os alunos quanto os educadores que os acompanham.
Doação para creche municipal reforça espírito solidário
Neste mês de abril, a oficina da APAE também contribuiu com a comunidade de forma solidária. A instituição realizou a doação de dez produtos artesanais confeccionados pelos alunos à Instituição de Educação Infantil Pequeno Príncipe. As peças foram entregues com carinho e simbolizam a importância do trabalho desenvolvido dentro da oficina, reforçando o papel social do projeto e promovendo um gesto de afeto entre as instituições.
Por Ana Paula Nesi
