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Educação

Consulta pública, dia 22, vai discutir a possível municipalização da Escola Francisca Búrigo

Prefeito garante que decisão será da comunidade; diretora alerta para riscos na continuidade de projetos e no atendimento da educação especial.

Na próxima segunda-feira, dia 22, às 19h, será realizada uma consulta pública na Escola de Educação Básica Prof. Francisca Martins de Oliveira Búrigo, no bairro Jardim Elizabeth. A reunião terá a presença da comunidade escolar, moradores e autoridades para discutir a possível municipalização da unidade, que atualmente pertence ao Estado.

O assunto foi pauta nesta terça-feira (16) na Câmara de Vereadores, onde o prefeito Ademir Magagnin e a diretora da escola, Elisângela Mazzucco Bianco, falaram sobre o tema a convite do presidente da Casa Legislativa.

A proposta de municipalização de escolas em Santa Catarina não é exclusiva de Cocal do Sul. Diversos municípios da região discutem a mesma possibilidade com o Estado. No próprio município, a outra escola estadual já não está abrindo novas turmas no ensino básico e fundamental, o que fortalece a discussão sobre o futuro da rede. O Estado criou o Programa de Otimização das Redes Públicas Municipais e Estadual de Ensino, que busca transferir a gestão do ensino fundamental para as cidades, com a justificativa de aproximar a educação das comunidades e ampliar a autonomia municipal. No entanto, sindicatos e comunidades escolares resistem, alegando que o processo pode precarizar o ensino, transferir responsabilidades para municípios sem estrutura e enfraquecer a rede estadual.

O que diz a diretora da escola

Elisângela explicou que a notícia da municipalização começou como um “boato” e só depois foi confirmada pela coordenadoria regional de educação. Segundo ela, a maior preocupação é com a continuidade do projeto pedagógico e social da escola.

“Quando a gente fala da municipalização, a gente fala na retirada de todo aquele corpo docente que tem ali, todos os profissionais que estão ali e não é só a entrega do prédio. Nós temos 50 alunos com laudo de Autismo, deficiência intelectual, TDH, e toda uma educação especial muito bem articulada. O nosso grande receio, principalmente dos pais, é que tudo isso não tenha continuidade pelo município. A gente não quer que o nosso projeto educacional e social, que a gente constituiu ao longo de vários anos, seja rompido”, explica.

A diretora destacou ainda que a escola é democrática, acolhedora e que “não tem porquê mexer no que está dando certo”. Ela reforçou que a comunidade terá voz na decisão.

“Na segunda-feira, dia 22, às 19h, acontece a consulta pública. O prefeito disse que o que a maioria decidir, ele vai acatar. A gente entende que a maioria quer que a escola continue do jeito que está”, conclui.

O que diz o prefeito

O prefeito Ademir Magagnin explicou que a ideia não partiu do município, mas do Estado, dentro de um programa de municipalização.

“O Estado tem um programa de municipalização. Numa das conversas informais da regional, perguntaram se eu tinha interesse e eu disse que sim, se fosse desejo do Estado. Nós formalizamos essa intenção, mas deixamos claro que a decisão teria que ser em consenso com a comunidade. Eu acredito que a comunidade vai decidir. Se ela decidir pela permanência, ótimo. Se decidir pela municipalização, nós vamos honrar e oferecer educação de qualidade, como sempre fizemos.”

O prefeito também ressaltou que, se a escola for municipalizada, existe a intenção de levar o ensino integral para a unidade.

“A ideia é levar o ensino integral. Eu sei que é possível avançarmos muito. Já estamos preparando para construir salas na Vila Nova para ampliar o ensino integral, e vejo como o primeiro passo para, no futuro, termos cem por cento de Ensino Integral em Cocal do Sul.”

Assista a fala do prefeito e da diretora na íntegra, acessando o link: clique aqui.