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Lipedema dói. E quando a dor limita, o movimento assusta.
Mas… e se a atividade física for justamente uma aliada no alívio e na qualidade de vida?
Para muitas mulheres, o corpo parece carregar um peso que vai além do físico. Inchaço, dor ao toque, sensibilidade aumentada e uma sensação constante de desconforto — sintomas que não são frescura, nem preguiça.
São parte da rotina de quem convive com o lipedema: uma condição ainda pouco conhecida, mas que merece escuta e cuidado.
Movimento que cuida
Ao contrário do que muitos pensam, a atividade física não é contraindicada no lipedema. Pelo contrário: mover-se com orientação pode melhorar a circulação, reduzir inflamações, aliviar sintomas e prevenir o agravamento da doença.
Mas atenção: não se trata de intensidade, e sim de constância e respeito ao próprio corpo.
Quais exercícios ajudam?
Os mais indicados são os de baixo impacto, que respeitam a dor e promovem bem-estar:
-Hidroginástica, natação ou caminhada na água
-Ioga e pilates
-Caminhadas
Essas práticas estimulam o sistema linfático, favorecem o retorno venoso e resgatam a percepção corporal — tão afetada por anos de dor invisível e julgamento.
O que evitar?
- Exercícios de impacto sem preparo
- Treinos exaustivos
- maratonas
Cada corpo reage de um jeito. E no lipedema, a escuta atenta é parte do tratamento.
Mais que corpo: autoestima em movimento
Praticar atividade física com leveza é também um ato de autocompaixão.
É dizer: “meu corpo merece se sentir bem, mesmo com dor.”
É sair do ciclo da culpa e entrar no ciclo do cuidado.
Ninguém precisa correr uma maratona.
Mas todo corpo merece dançar a própria liberdade.
Mover-se, no lipedema, não é sobre performance.
É sobre reconexão, escolha consciente e liberdade com leveza.
Se você convive com lipedema ou suspeita da condição, procure um profissional que compreenda suas dores.
O cuidado começa no acolhimento — e continua com cada passo dado em direção à sua saúde vascular.
Muita saúde e até semana quem vem.
Por Dra. Ana Nazário
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