Em visita ao Samae de Cocal do Sul, a vereadora Maria Luiza Da Rolt (PP), constatou um problema preocupante informado pelos técnicos da autarquia: o desperdício de água registrado nos últimos meses. Segundo ela, o município consome, por mês, o equivalente a uma cidade de 30 mil habitantes, ou seja, 180 milhões de litros de água, sendo que em torno de sete milhões de litros são usados para a lavagem de filtros.
“Esses mais de 47% desta água tratada não se sabe para onde vai, ela é perdida. Ou seja, são fornecidos 180 milhões de litros por mês e medido em torno de 80 milhões de litros neste mesmo período no relógio. A Estação de Tratamento de Água (ETA) nunca trabalhou tanto: são 22 horas por dia para dar conta da demanda, quando o normal é trabalhar até 15 horas. A água sai da ETA tratada e não consegue medir no relógio. São 15 dias de trabalho dos colaboradores para nada e metade dessa água o Samae não contabiliza financeiramente, sem contar o gasto a mais com energia e produtos químicos. A gente sabe que sempre há uma margem de perda durante esse processo, mas da forma como vem ocorrendo está totalmente fora da realidade”, cita.
A vereadora esteve na sede e na Estação de Tratamento juntamente com o suplente de vereador Vaninho Dela Vedova (PSD). Eles foram recebidos pelo diretor do Samae Allisson Da Silva e os técnicos da Autarquia das áreas contábil e química para verificar a questão do pedido de dotação orçamentária, a situação do Samae, os desafios, investimentos, tratamento e projetos.
Segundo as informações do Diretor do Samae, essa água normalmente é perdida em vazamentos por causa das obras de pavimentação que estão sendo feitas no município, além de vazamentos no geral. “Resolver esse problema de perda é uma prioridade para a nossa equipe, é um trabalho de investigação constante. Estamos atuando em algumas frentes para buscar uma solução”, afirmou.
Maria Luiza agradeceu o diretor e toda a sua equipe pelos esclarecimentos e colocou-se à disposição para que esse problema seja resolvido o quanto antes. “O verão está chegando e essa época é um período de alerta e não podemos sequer pensar em desperdiçar água. Peço para que a população observe também um possível vazamento ou qualquer situação duvidosa e se tiver pessoas agindo de má fé, que sejam punidas. A água é o bem mais precioso que temos, pois ela rege a nossa sobrevivência. É inadmissível que em tempos tão modernos e de consciência vividos termos que falar em perda de água”, finaliza.
