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Polícia

Polícia Civil de Cocal do Sul alerta: Cuidado para não cair no golpe do falso advogado

Criminosos utilizam de documentos e informações aparentemente verdadeiras para dar veracidade ao golpe.

A Polícia Civil manifesta sua preocupação diante do aumento significativo de registros de boletins de ocorrência relacionados ao “golpe do falso advogado”, fraude que tem se tornado cada vez mais comum em todo o país e configura o crime de estelionato praticado mediante fraude eletrônica, com previsão no artigo 171, §2°-A, do Código Penal.

A modalidade criminosa consiste em criminosos que se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar e extorquir dinheiro de vítimas, utilizando-se de documentos e informações aparentemente verdadeiras para dar veracidade ao golpe.

No golpe, os criminosos abordam principalmente pessoas que possuem processos judiciais em andamento, como ações previdenciárias, precatórios, Requisições de Pequeno Valor (RPVs) ou outras demandas judiciais. O interlocutor informa à vítima que ela tem direito a receber um valor proveniente de decisão judicial transitada em julgado, frequentemente relacionado a revisões previdenciárias, indenizações ou precatórios.

Para convencer as vítimas, os golpistas enviam documentos falsificados contendo:

  • Brasões da República e timbres oficiais do Tribunal Regional Federal (TRF) ou Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC);
  • Cópias forjadas de sentenças ou despachos judiciais;
  • Tabelas de cálculos supostamente elaboradas por peritos;
  • Ofícios de liberação de valores assinados por juízes ou servidores, cujas identidades reais são indevidamente utilizadas;
  • Peças processuais baixadas com timbres de advogados que são enviadas junto à vítima.

Após essa etapa, os golpistas solicitam pagamentos antecipados para liberação dos supostos créditos, sob a justificativa de “taxa de desbloqueio”, “emolumentos finais”, “despesas cartorárias”, “taxa de transferência”, imposto de renda ou novo imposto IVA. Alega-se urgência na quitação desses valores para evitar o bloqueio ou devolução dos recursos aos cofres públicos. Os pagamentos são solicitados via PIX ou depósito bancário em contas de terceiros, geralmente de pessoas físicas ou empresas de fachada. Após o pagamento, os criminosos encerram o contato e bloqueiam a vítima.

A Polícia Civil reforça que não há cobrança de valores antecipados para liberação de créditos judiciais e orienta a população a desconfiar de contatos que solicitem qualquer tipo de pagamento antecipado. Caso seja abordado por alguém com essas características, procure um advogado de confiança ou a própria Polícia Civil para orientação, bem como, em caso de depósitos, contate imediatamente a instituição financeira, comunicando o fato.

Evite cair nesse golpe. Informar-se e denunciar são as melhores armas contra esse tipo de crime.