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Saúde

Rosácea: condição de pele piora no inverno e pode ser confundida com acne

A doença inflamatória crônica da pele afeta principalmente o centro do rosto e causa vermelhidão, queimação, pinicação e sensação de calor.

Com a chegada do frio, é comum que a rosácea se manifeste com mais intensidade. A doença inflamatória crônica da pele afeta principalmente o centro do rosto e causa vermelhidão, queimação, pinicação e sensação de calor. De acordo com a dermatologista Ana Carolina Búrigo, o inverno favorece o aparecimento das crises por conta do clima mais seco, do vento e do uso de banhos muito quentes. “O que acontece é que esse aumento da sensibilidade pode gerar crises mais frequentes”, explica.

Além da vermelhidão intermitente, a rosácea pode apresentar vasinhos visíveis (telangiectasias), lesões semelhantes à acne (pápulas e pústulas) e, em casos mais avançados, o espessamento da pele do nariz, conhecido como rinofima. A doença também pode atingir os olhos, provocando vermelhidão, ardência e sensação de areia. 

Muitas pessoas convivem com esses sinais sem saber que têm rosácea. “A gente vê muito no consultório o paciente com essa queixa, mas que acha que é uma dermatite, uma alergia ou até acne”, comenta a médica.

Tratamento e cuidados diários fazem diferença

A rosácea não tem cura, mas tem controle. Para isso, é essencial identificar e evitar os fatores que podem desencadear ou piorar os sintomas. Entre eles estão a exposição ao sol sem proteção, variações bruscas de temperatura, consumo de bebidas alcoólicas, alimentos muito quentes ou apimentados, estresse, ansiedade e produtos inadequados na pele. 

Além disso, o esforço físico intenso e fricção excessiva do rosto também podem agravar o quadro. “No inverno, a gente precisa evitar banhos muito quentes e o uso de produtos agressivos”, orienta a dermatologista.

Para a doutora Ana Carolina, o tratamento começa com uma rotina de skincare adequada, que ajuda a manter a barreira cutânea. Sabonetes suaves, hidratação diária e protetor solar são indispensáveis. “O skincare aqui faz parte do tratamento, ele deve ser levado a sério, não é um frufru”, reforça a dermatologista. 

A depender da gravidade, podem ser indicados medicamentos tópicos, antibióticos orais e até procedimentos como laser CO2 fracionado, ácido tricloroacético e cirurgia. O diagnóstico e o manejo correto ajudam a aliviar os sintomas e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. “Com cuidado adequado e um plano de tratamento personalizado, é possível controlar a rosácea e prevenir a piora das crises”, finaliza Ana Carolina.