Na coluna anterior, falei sobre a moda das famosas “canetinhas do emagrecimento” e levantei uma reflexão importante: não basta pensar só no peso na balança, é preciso olhar para a saúde como um todo, incluindo a circulação.
Hoje, quero ir um pouco além e conversar com você sobre o impacto disso na saúde vascular.
Quando o emagrecimento ajuda a circulação
Quando o emagrecimento é feito de forma acompanhada, gradual e consciente, podemos ter benefícios importantes para a saúde vascular:
• Redução da pressão nas veias das pernas
• Menor risco de trombose em alguns casos
• Melhora da capacidade de caminhar e se movimentar
• Menos dor, menos inchaço, mais disposição no dia a dia
Ou seja: perder peso de forma responsável pode ser um grande aliado da circulação.
Quando o risco aumenta
Por outro lado, quando a busca é por um emagrecimento rápido a qualquer custo, sem avaliação global, surgem riscos:
• Pacientes que continuam sedentários, achando que só a caneta resolve
• Dietas restritivas demais, que fragilizam o organismo
• Uso inadequado em pessoas com histórico de trombose, doenças cardíacas ou vasculares, sem uma análise cuidadosa
• Frustração emocional quando a balança não responde como o esperado – e isso também adoece
A pergunta que eu mais gostaria que você fizesse não é “qual caneta eu uso?”, e sim: “Como posso emagrecer protegendo a minha circulação e a minha saúde como um todo?”
Porque não adianta caber em uma calça menor e, ao mesmo tempo, aumentar o risco de um AVC, infarto ou trombose.
O que realmente protege sua saúde vascular no processo de emagrecimento?
• Acompanhamento médico individualizado – inclusive avaliando seu risco vascular
• Exames quando necessários (como doppler venoso, arterial, avaliação de carótidas, etc.)
• Movimento diário: caminhar, subir escadas, tirar as pernas da “prisão” da cadeira
• Alimentação que nutre, não que pune
• Sono de qualidade e controle do estresse
As medicações podem ser aliadas, mas nunca devem ser tratadas como “varinha mágica”.
As “canetinhas” podem até estar na moda. Mas a moda que eu, como angiologista, mais defendo é outra: a de pessoas que querem viver mais e melhor, com circulação saudável, autonomia, energia e qualidade de vida.
Se você pensou em iniciar o uso dessas medicações, não tenha vergonha de pedir orientação completa, e não apenas uma receita.
Seu corpo não é laboratório de teste rápido.
Sua circulação é o caminho que leva vida a cada parte de você – e ela merece respeito.

Dra. Ana NazárioMédica Angiologista – Saúde Vascular e Medicina Preventiva












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