Você provavelmente já ouviu alguém comentar:
“Ah, é só aplicar a canetinha e pronto, o peso vai embora.”
Nos últimos meses, as famosas canetinhas para emagrecer viraram moda – mas quando falamos em saúde vascular, a conversa precisa ser bem mais séria do que um antes e depois na foto.
Como médica angiologista, vejo todos os dias o impacto do excesso de peso na circulação: aumento do risco de trombose, piora das varizes, sobrecarga nas artérias e dificuldade de mobilidade, o que leva ao temido combo: sedentarismo + inflamação + má circulação.
Ou seja: sim, o peso influencia muito a saúde vascular. Mas isso não significa que qualquer promessa de emagrecimento rápido seja boa ideia.
O que são essas “canetinhas”?
As famosas “canetinhas” são medicações de uso injetável, prescritas por médicos, que atuam principalmente no controle do apetite e da saciedade. Elas podem ser ferramentas importantes em casos selecionados, especialmente em pessoas com obesidade ou doenças associadas (como diabetes, hipertensão, esteatose hepática).
O problema não está na medicação em si, mas em como ela vem sendo usada:
• Uso sem avaliação médica adequada
• Compra por conta própria ou por indicação de amigos
• Foco apenas no peso, ignorando o resto da saúde
• Esquecimento de algo básico: não existe caneta que resolva um estilo de vida inteiro
Mais do que perguntar “essa canetinha emagrece mesmo?”, a grande questão é:
“Como esse tipo de tratamento se encaixa na minha saúde como um todo – especialmente na minha circulação?”
Na próxima coluna, vou aprofundar justamente esse ponto: o que tudo isso tem a ver com veias, artérias, trombose e qualidade de vida.
Por Dra. Ana Nazário










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