Setembro Amarelo: fique atento aos sinais de alerta do suicídio

 

 

O suicídio é um problema complexo, mas existem sinais de alerta que podem indicar quando uma pessoa está em risco. A psicóloga Carmina Debiasi Carminati destaca que, embora não exista uma “receita” para identificar quando alguém está em uma crise suicida, certos comportamentos e falas devem ser observados com atenção. “Se uma pessoa começa a se isolar, parar de participar de atividades que gostava ou falar sobre a própria morte, é um sinal de que algo está errado”, alerta Carmina.

Além disso, a psicóloga reforça que frases como “Queria poder dormir e nunca mais acordar”, “Vou desaparecer” ou “É inútil tentar, eu só quero morrer” não devem ser ignoradas. “Muitas vezes, esses comentários parecem ser chantagens ou ameaças, mas eles são verdadeiros pedidos de ajuda”, ressalta. Outro fator importante é o isolamento. Pessoas em risco de suicídio podem começar a evitar interações, ignorar ligações e mensagens, e se afastar de amigos e familiares.

Carmina explica que o suicídio pode ser impulsionado por doenças como a depressão, mas também por momentos difíceis da vida, como crises financeiras, problemas em relacionamentos, uso de álcool e drogas, e até traumas. “Além dos transtornos psiquiátricos, grandes dificuldades da vida podem levar uma pessoa a esse extremo”, diz a psicóloga.

Outro ponto de alerta é o impacto das redes sociais. Comparações constantes e a busca por uma vida perfeita, muitas vezes vista nas redes, podem gerar baixa autoestima, ansiedade e até depressão, principalmente em crianças, adolescentes e jovens. Carmina sugere que as pessoas façam uma “higiene” em suas redes sociais, deixando de seguir páginas que causam mal-estar e acompanhando perfis que trazem inspirações positivas.

Para prevenir o suicídio, cuidar da saúde mental é fundamental. Carmina recomenda hábitos saudáveis, como ter uma boa rotina de sono, alimentação balanceada, praticar atividades físicas e dedicar tempo ao lazer e à convivência com familiares e amigos. “Cuidar da saúde física e mental é essencial para evitar o adoecimento emocional. Ficar atento aos sinais e buscar ajuda são atitudes que podem salvar vidas”, finaliza a psicóloga.

Onde buscar ajuda

Para buscar ajuda, a pessoa que está enfrentando problemas relacionados a saúde psicológica, pode procurar um psicólogo de sua confiança, ou então, procurar serviços públicos como o CAPS, SAMU 192, Pronto Socorro, Hospitais, e o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone no número 188, e-mail ou chat pelo site da instituição (www.cvv.org.br).

Sobre Carmina

Carmina Debiasi Carminati, formada em Psicologia desde 2007, possui uma vasta experiência em sua área de atuação. Ao longo de sua carreira, trabalhou como psicóloga na Casa da Cidadania, no CAPS e no CRAS de Orleans. Atualmente, Carmina realiza atendimentos clínicos em seu consultório particular em Orleans e na MEDZEL, em Cocal do Sul, além de oferecer consultas on-line, proporcionando suporte psicológico para pessoas de diferentes localidades.

Ela é uma das profissionais que atende em parceria com o Plano de Assistência Familiar Medzel, o qual oferece descontos especiais aos associados em consultas, exames e diversos outros serviços em empresas e profissionais parceiros. Essa colaboração permite que um maior número de pessoas tenha acesso a cuidados psicológicos de qualidade, garantindo suporte acessível para quem busca saúde mental e bem-estar.

Por Ana Paula Nesi