O Sinte – Regional de Criciúma esteve presente no XII Congresso Estadual do Sinte, na última quarta, quinta e sexta-feira (15, 16 e 17). O evento, ocorreu na cidade de Urubici após seis anos sem a reunião da categoria. O Congresso contou com mais de 600 trabalhadores e trabalhadoras. “Devido à pandemia e a um período de reconstrução das políticas públicas, em especial da educação tão atacada nos últimos governos, as últimas edições não puderam acontecer”, completa o professor e coordenador do Sinte – Regional de Criciúma, João Pessoa.
A regional de Criciúma foi ao congresso buscando algumas mudanças no estatuto, como a proporcionalidade nas eleições sindicais. “As regionais de oposição tinham a esperança de modificar nosso estatuto, a fim de tornar nosso sindicato mais forte, moderno e dentro de uma total democracia. Nos tempos de hoje, esta democracia não escapa de se ter uma diretoria executiva plural, que represente todas as forças trabalhadoras que compõem nossas regionais”, explica Pessoa.
Porém, na plenária final do congresso, durante as votações, a maioria dos diretores entenderam e votaram diferente. Mudanças como o aumento do mandato de três para quatro anos, a partir de 2025, e a alteração do nome de ‘coordenador’ para ‘presidente’, foram aprovadas no evento. “Essas mudanças impactarão no nosso sindicato. Perdeu-se a oportunidade de se fazer grandes mudanças em nosso estatuto, com o único objetivo de fortalecer, modernizar e moralizar nosso Sinte-SC, pois estamos indo seriamente para uma monarquia sindical”, comenta o coordenador.
Programação completa
Dentro da programação do evento estiveram presentes algumas apresentações culturais, como a do grupo Africatarina, os alunos da Escola Manoel Dutra Bessa, além do grupo Mborai Rekowe que trouxe alguns cantos sagrados da Etnia-Mbya Gurani. Dois momentos foram dedicados para um bate-papo sobre assuntos importantes da categoria. A mesa de conjuntura foi ministrada por Viviane Mosé com a temática ‘Organização dos trabalhadores e trabalhadoras da educação na defesa da educação pública’. Já a Dra Dora Lúcia Bertulio trouxe para o debate ‘Escola como espaço privilegiado para o combate ao racismo’.
