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© Ana Paula Nesi
Saúde

Vereadora propõe projeto pioneiro de prevenção da Trombose e promoção da saúde vascular

Uma iniciativa de saúde pública, educativa e preventiva, com ações concretas e voltadas especialmente para os grupos de maior risco.

A Câmara de Vereadores de Cocal do Sul aprovou por unanimidade, na sessão da última terça-feira (20), o projeto que cria o Programa Municipal de Prevenção e Conscientização de Combate à Trombose, de autoria da vereadora Maria Luiza Da Rolt (PP). A proposta visa enfrentar, de forma integrada, a trombose venosa e arterial — causas diretas de condições graves como infarto, AVC, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, que afetam milhares de brasileiros todos os anos.

Uma iniciativa de saúde pública, educativa e preventiva, com ações concretas e voltadas especialmente para os grupos de maior risco: idosos, gestantes, diabéticos, hipertensos, pessoas com mobilidade reduzida e trabalhadores de longas jornadas sedentárias.

Segundo dados recentes, o Brasil registra mais de 200 mil casos anuais de trombose, com 165 internações diárias por complicações vasculares. “Essas doenças, muitas vezes silenciosas, são responsáveis por um grande número de mortes que poderiam ser evitadas com informação e prevenção”, afirma a vereadora.

Maria Luiza destacou e agradeceu a presença da médica especialista na área, Dra. Ana Nazário, coautora do projeto, e da secretária de saúde, Dra. Giovana Galatto, incentivando a adesão da pasta à proposta. “A Dra. Ana foi a inspiração e o exemplo prático para se pensar em algo de concreto em prol do município. Nós construímos juntas essa iniciativa. Sabemos que é muito mais barato e efetivo ações que levam a prevenção, pois estamos dizendo, sim, a nossa população. Nós nos importamos com você antes da dor, antes da doença, antes da emergência. A ela somente a minha gratidão. Que essas ações possam ser uma união de esforços por meio da Secretaria de Saúde no apoio, parceria e realização deste importante Programa”, disse.  

A médica angiologista acredita que o verdadeiro cuidado começa antes da dor. “A trombose é uma ameaça silenciosa – mas com informação, prevenção e atitude, podemos salvar vidas. Meu propósito é esse: ser presença, ser escuta e ser ação onde muitos ainda não enxergam perigo. Cuidar é meu chamado, e prevenir é o meu ato mais firme de amor e coragem”, ressaltou Dra. Ana.

O programa proposto contempla campanhas educativas, exames preventivos, palestras com especialistas, ações de atividade física para mulheres e idosos, treinamentos para profissionais de saúde, realização de oficinas para Mulheres e determinados seguimentos, como Clube de Mães, Grupo de Idosos, Fibromialgia, Comerciantes, Projeto Elas em Movimento, entre outros.

Outro destaque da proposta é a criação de ações específicas no mês de outubro, com base no Dia Mundial de Combate à Trombose (13/10). O projeto também abre espaço para convênios com universidades, hospitais, instituições públicas e privadas, ampliando o alcance das ações e promovendo a coleta de dados locais sobre casos e grupos de risco, algo essencial para o planejamento da saúde municipal. O programa também está relacionado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente aqueles que tratam de saúde e bem-estar e deverá se alinhar e apoiar a Campanha Mundial do Dia da Trombose (World Thrombosis Day) da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia.

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Sobre a Trombose

A trombose não é uma doença distante. Ela está presente nos hospitais, nas filas dos exames, nos casos de AVC, de infarto, de embolia pulmonar. Está nas famílias que perderam entes queridos de forma inesperada e precoce. Ela é uma condição médica grave caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir veias ou artérias, levando a complicações sérias.

No Brasil, a situação é alarmante. Entre janeiro de 2012 e agosto de 2023, mais de 489 mil brasileiros foram internados devido à trombose venosa, com uma média de 165 internações diárias em 2023, recorde histórico no país.  A trombose é a terceira principal causa de morte cardiovascular no Brasil, ficando atrás apenas do infarto e do AVC. 

A embolia pulmonar, uma das complicações mais graves da trombose, apresenta alta taxa de mortalidade, com aproximadamente 34% dos pacientes acometidos morrendo subitamente ou em poucas horas após a primeira manifestação. O AVC, frequentemente relacionado a eventos trombóticos, causou 50.133 mortes no Brasil até agosto de 2024.