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LIPEDEMA: ACÚMULO DE GORDURA NAS PERNAS E BRAÇOS E SUA SAÚDE VASCULAR

Práticas e benefícios da medicina preventiva com a Dra. Ana Nazário

Olá, leitor Cocal360!

Você sabia que o acúmulo de gordura nas pernas e braços pode ser um sinal de doença vascular?

O lipedema (síndrome gordurosa dolorosa) costuma ser confundida com a obesidade e até mesmo retenção de líquidos, atrasando tanto o diagnóstico e quanto o tratamento.

O lipedema é uma doença vascular crônica que acomete, principalmente, as mulheres. O quadro é caracterizado pelo depósito de gordura e inchaço localizado nas pernas e braços, com exclusão das mãos e pés.  É comum que o paciente sinta dores nas áreas afetadas. Alguns estágios da vida são mais propícios ao seu desenvolvimento, como a puberdade, gravidez e menopausa. Isto porque o lipedema pode estar relacionado ao sistema endócrino, a alterações metabólicas e inflamatórias. A doença também é marcada por seu fator hereditário, ou seja, é muito comum que mulheres da mesma família desenvolvam o problema no decorrer das gerações. A alimentação inadequada também é um fator de grande influência para sua evolução.

Além do acúmulo de gordura, a dor, sensação de queimação nos locais de acúmulo de gordura, hematoma, desconforto ao apalpar e peso nas pernas são alguns dos sinais que devem ser avaliados por um médico vascular para identificar a doença. Em geral, a gordura é localizada da altura da cintura até os tornozelos e pode comprometer a mobilidade.

A diferença entre lipedema e obesidade é que no lipedema o excesso de gordura não se distribui pelo corpo todo e se torna ainda mais perceptível quando, mesmo fazendo dieta e exercícios, a paciente não emagrece na região afetada, gerando uma desproporção.

Seu diagnóstico é extremamente necessário, justamente por se tratar de uma doença que pode ser confundida com varizes e linfedema, caracterizado pelo inchaço de membros por meio da retenção de líquidos.

É necessária uma mudança no estilo de vida da paciente. O tratamento envolve mudanças na alimentação, exercícios de baixo impacto e direcionados, uso de meia compressora, drenagem linfática e interrupção de terapias hormonais, e intervenções medicamentosa e cirúrgica, quando possível.

A abordagem multidisciplinar é muito eficaz e de grande importância porque fora todo o impacto emocional, há muitas outras repercussões negativas quando a doença não é tratada. Nos estágios avançados, ela danifica os vasos linfáticos, levando à retenção de líquido, predisposição a infecções, deformidades nos pés e até perda de mobilidade.

O comprometimento estético, o desconforto progressivo e a desfiguração são imperativos nas pacientes portadoras da doença, resultando em sofrimento psicológico e físico.

Fique atento ao seu corpo e procure por atendimento especializado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, diminuindo a progressão da doença e prevenindo as complicações.

Muita saúde e até semana que vem.

Ana Nazário

Dra. Ana Nazário CRM-SC 14261/ RQE 11544/ RQE 19776, médica Angiologista e especialista em Doppler Vascular e responsável técnica da Clínica Scan- Diagnóstico Por Imagem e Medicina Preventiva.