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O lipedema é uma doença crônica que provoca o acúmulo desproporcional de gordura, principalmente nas pernas, de forma simétrica. Essa condição gera dor, inchaço, sensibilidade ao toque e, em estágios mais avançados, limitações na rotina. Estudos atuais mostram que ela afeta principalmente mulheres — e, muitas vezes, passa despercebida.
Durante muito tempo, a mulher com lipedema foi rotulada como “exagerada” ou “preguiçosa”. Essa invisibilidade tem raízes profundas: o atraso histórico no cuidado com a saúde da mulher ainda dificulta o diagnóstico precoce.
A falta de informação leva ao sofrimento silencioso. Mas é possível reconhecer os sinais e buscar ajuda. O diagnóstico é clínico e pode ser complementado com exames de imagem e avaliação vascular especializada.
Falar sobre lipedema é romper o silêncio que adoece.
É dar nome à dor.
É acolher mulheres que, por anos, não foram ouvidas.
Autoavaliação – Você pode estar convivendo com lipedema se:
• Suas pernas e/ou braços são desproporcionais ao resto do corpo
• Sente dor ou sensibilidade intensa ao toque
• Apresenta hematomas frequentes sem motivo aparente
• Percebe inchaço que piora ao longo do dia
• Não nota melhora com dieta ou atividade física.
O diagnóstico precoce pode evitar agravamentos e promover mais qualidade de vida.
O acompanhamento é multiprofissional, envolvendo, além do angiologista, profissionais de nutrição, fisioterapia, educação física e psicologia.
O lipedema não te define — mas te conecta a uma rede de mulheres fortes, que transformam dor em consciência e informação em cuidado.
Até a próxima coluna — com mais saúde e conhecimento que acolhe.
Por Dra. Ana Názario
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